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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Telas LCD recicladas combatem infecções bacterianas em hospitais


As telas de cristal líquido (LCD: Liquid Crystal Display) já representam um dos principais componentes do lixo eletrônico, que cresce a cada ano e cujo crescimento futuro aponta para taxas cada vez maiores.
Em 2009, cientistas ingleses deram um novo alento para esse e-lixo, até então de reciclagem extremamente problemática, ao descobrir como reciclar as telas de LCD para produzir material médico.
A equipe do Dr. Andrew Hunt, da Universidade de Iorque, desenvolveu então um método de recuperar o álcool polivinílico (PVA: PolyVinyl-Alcohol) das telas LCD e transformá-lo em uma substância compatível com o corpo humano.
Essa substância é ideal para a criação de suportes de tecidos que ajudam o corpo a se regenerar no caso de ferimentos e cirurgias, mas também pode ser usado para encapsulamento de medicamentos para serem tomados por via oral.
LCD antibacteriano – Agora os pesquisadores deram um passo adicional e descobriram como usar o mesmo material para prevenir e combater infecções bacterianas hospitalares.
A técnica parte do PVA e resulta em uma substância antimicrobiana que destrói colônias de Escherichia coli e algumas cepas de Staphylococcus aureus.
Depois de separado das telas de LCD descartadas, o PVA é desidratado com etanol, gerando um material mesoporoso com uma área superficial muito grande. A seguir, o material recebe nanopartículas de prata, acrescentando-lhe a propriedade antimicrobiana.
Nanopartículas de prata – O próximo passo da pesquisa será comparar o rendimento do novo material com produtos comerciais para determinar sua eficácia relativa, assim como obter a aprovação das agências governamentais, tendo em vista sobretudo a avaliação da segurança das nanopartículas de prata para a saúde humana.
Ainda que não supere largamente a concorrência, a técnica é altamente promissora por partir de uma matéria-prima reciclada, que agrega um valor ambiental pela sua simples utilização.
“A influência dos LCDs na sociedade moderna é dramática – estima-se que 2,5 bilhões dessas telas estejam aproximando-se do fim de sua vida útil. Mas nós podemos agregar um valor significativo a esse lixo eletrônico,” diz o Dr. Hunt. (Fonte: Site Inovação Tecnológica)

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