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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Atlas das espécies ameaçadas nos parques

Filhote de onça no Parque do Iguaçu. Espécie ameaçada é mais comum nas áreas protegidas brasilieras
Quase metade das espécies de animais sob risco de serem extintos no Brasil ainda não encontra abrigo em áreas protegidas do governo federal, segundo informações do (link) Atlas da Fauna Brasileira. A publicação traz o cruzamento de informações de 618 espécies brasileiras ameaçadas e de 310 unidades de conservação federais. Além de dados gerais, a publicação (que pode também ser encontrada na internet) traz a lista de espécies ameaçadas encontradas em cada uma das UCs federais.

De acordo com o texto de introdução do próprio Atlas, a iniciativa nasceu da necessidade de conhecer a eficiência do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) na proteção de espécies da fauna brasileira ameaçadas. As informações foram compiladas de fontes dispersas e armazenadas em formatos distintos, como documentos oficiais, literatura científica, coleções biológicas e documentos das próprias unidades de conservação.

O resultado demonstra que as reservas federais abrigam 313 espécies em extinção. A maior parte destas espécies é formada por aves. Mas a recordista de registros em reservas (em 59 unidades) é a onça-pintada (Panthera onca)Os dados indicam também que estados onde as florestas ainda estão mais preservadas, como na Amazônia, o número de espécies ameaçadas é menor. Unidades localizadas na Mata Atlântica são também aquelas que protegem o maior número de espécies ameaçadas.

A Reserva Biológica de Sooterama, no Espírito Santo, se destaca por abrigar 33 espécies sob ameaça. Na outra ponta está a Área de Relevante Interesse Ecológico Pontal dos Latinos e Pontal do Santiago, nos Pampas do Rio Grande do Sul, onde podem ser vistas franciscanas ou toninhas (Pontoporia blainvillei), que também pode ser encontradas em outras regiões, dos sul do país até o Rio de Janeiro.

As UCs federais de proteção integral, como estações ecológicas ou reservas biológicas, têm um papel mais importante na preservação das espécies ameaçadas do que as de uso sustentável. Em 84,7% das unidades de proteção integral, existe registro de espécies da fauna brasileira ameaça de extinção. Animais ameaçados foram registrados em 47,4% das das unidades de uso sustentável.
(fonte: Eco)

Um comentário:

  1. A imagem do filhote de onça constante da imagem chamou minha atenção e me fez refletir sobre a possível aprovação do novo Código Florestal. No Congresso Nacional, alguém disse: ambientalistas e ruralistas devem ceder, pois assim é que se encontra o equilíbrio. Pois bem, mas alguém teria perguntado àqueles que compõem a FAUNA, se concordariam em viver sem a FLORA? Os peixes aceitariam viver sem a água? As FLORES concordariam em viver sem as ABELHAS e sem os sorrisos das mulheres no momento em que recebem rosas brancas ou vermelhas dos seus amores? O meio ambiente não pertence aos ruralistas, nem aos ambientalistas e ninguém tem o direito de alterar o curso da vida. A vida, assim como o nosso desenvolvimento econômico depende intrinsecamente dos recursos naturais renováveis e não renováveis. Ninguém pode ser ousado ao ponto de querer a vitória no Congresso Nacional, pois não haverá vencedores, ou seja, todos seremos perdedores. O homem tem o direito a vida, assim como os outros animais, as árvores, e o filhotinho de onça da imagem, o quê responderia?

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