O equipamento é simples e funcional. A instalação dispensa tubulação que não seja a doméstica. O reservatório propriamente dito fica parcialmente enterrado. Com isso, recebe menos sol e é resfriado pela terra ao seu redor, reduzindo a perda de água por evaporação. Para evitar a sujeira que se acumula no telhado, na base do cano que recebe a água da canaleta há uma garrafa PET fechada. Ela funciona como uma boia e bloqueia a primeira água. Em seguida, libera a passagem e apenas água limpa é armazenada.
As cisternas são construídas pela própria comunidade, com tecnologia repassada por uma rede de instituições assistenciais que atuam no semiárido. Fora o trabalho, o custo do material é de R$1,2 mil. Como até agora o projeto é um sucesso, planeja-se uma outra etapa: estimular os camponeses a construírem uma segunda cisterna destinada à criação de peixes e a matar a sede dos animais.
Outra ideia que se desdobrou do êxito inicial é usar variações dessas cisternas em áreas densamente habitadas, como São Paulo. Nesse caso, seu maior potencial seria evitar inundações.
Abaixo, casa de família de agricultores em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeu pernambucano. A região é um exemplo agradável do semiárido, pois a paisagem é mais verde do que a que se encontra no sertão profundo.
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